quarta-feira, 23 de março de 2011

Olho mágico.

Primeiro dia, segundo dia, uma, duas, três semanas...

... e aquele pequeno barco vazio, com dois remos, um de cada lado, metade sobre a areia , metade sobre a superfície da água, ali, à deriva, tendo como pano de fundo, em azuis distintos, mar e céu.

Parecia uma janela.

Nem parecia uma pintura a óleo, tão bela, tão real era a grande tela que ocupava toda uma parede do pequeno quarto de hotel, daquela grande metrópole armada em cimento e ferro.

Acordei naquela manhã , com sede de espaço... de infinito.

E a tela, o pequeno barco , o mar e o céu, a imensidão em dois azuis , ao fundo, ocupavam todo meu campo de visão.

Era pegar ou largar!

Sem vacilar e remando com toda a calma de outro mundo, entrei quadro, mar e infinito a dentro.

Carlos Grassioli,

5 comentários:

  1. Texto gostoso de ler...Deu vontade de entrar quadro a dentro...
    bjinhos

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  2. Me trancedi ate Lencois Maranhense enquanto lia...Lá é possivel encontrar o infinito, observar a faminta gente e o belo das aguas do lixao do mundo. O mar...que minha saudade me queima o corpo de um sal rasgando as veias...Lindo.

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  3. Assim acontece a mágica da poesia, alguém começa, abrindo uma janela...outro chega, aproveita a mesma licença poética e abre outra...e o que abriu a primeira, já não se sente mais sozinho...valeu Julie. (Sem esquecer que quem abriu a primeira, mesmo, foi a Fátima.)
    Carlos

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  4. E, assim, sem pedir licença ao poeta
    ...espio, também, pela janela.

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  5. Assim deve ser: Seguir sempre em busca da sua FELICIDADE!!!

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