Primeiro dia, segundo dia, uma, duas, três semanas...
... e aquele pequeno barco vazio, com dois remos, um de cada lado, metade sobre a areia , metade sobre a superfície da água, ali, à deriva, tendo como pano de fundo, em azuis distintos, mar e céu.
Parecia uma janela.
Nem parecia uma pintura a óleo, tão bela, tão real era a grande tela que ocupava toda uma parede do pequeno quarto de hotel, daquela grande metrópole armada em cimento e ferro.
Acordei naquela manhã , com sede de espaço... de infinito.
E a tela, o pequeno barco , o mar e o céu, a imensidão em dois azuis , ao fundo, ocupavam todo meu campo de visão.
Era pegar ou largar!
Sem vacilar e remando com toda a calma de outro mundo, entrei quadro, mar e infinito a dentro.
Carlos Grassioli,
Texto gostoso de ler...Deu vontade de entrar quadro a dentro...
ResponderExcluirbjinhos
Me trancedi ate Lencois Maranhense enquanto lia...Lá é possivel encontrar o infinito, observar a faminta gente e o belo das aguas do lixao do mundo. O mar...que minha saudade me queima o corpo de um sal rasgando as veias...Lindo.
ResponderExcluirAssim acontece a mágica da poesia, alguém começa, abrindo uma janela...outro chega, aproveita a mesma licença poética e abre outra...e o que abriu a primeira, já não se sente mais sozinho...valeu Julie. (Sem esquecer que quem abriu a primeira, mesmo, foi a Fátima.)
ResponderExcluirCarlos
E, assim, sem pedir licença ao poeta
ResponderExcluir...espio, também, pela janela.
Assim deve ser: Seguir sempre em busca da sua FELICIDADE!!!
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