quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aqui começa a diferença...

Não luto pela igualdade, luto para que as diferenças, que são muitas, sejam entendidas e respeitadas!
Já vi em algumas escolas a frase: "Aqui começa a diferença".
Nunca entendi bem...

Somos todos diferentes: somos homens, mulheres, negros, asiáticos, judeus, meninos de rua, mães solteiras, gays, brancos...
Queremos mesmas oportunidades? Devemos buscar respeitando nossas diferenças.
Queremos ser iguais perante à lei? Devemos, primeiramente, exigir respeito às nossas diferenças.
Muitas vezes, vejo mulheres se deformando em busca de uma força, na esperança de ser igual, igual a quê? Vejo gays sofrendo, por terem escolha sexual diferente?! Vejo crianças negras sendo preteridas por sua cor, e assim, querendo ter outra cor...
Mães solteiras marginalizadas, matando seus filhos para terem alguma oportunidade, para se tornarem iguais!
A almejada  igualdade é ter as mesmas oportunidades que um homem, branco e hetero tem?
Vejo o atual homem, hetero e branco, perdido, sem saber o que fazer com um mito de perfeição que lhe foi imputado, pela história.
Para se ser igual, temos que ter algo, que pelo menos tenha dado certo, para que possamos almejar, para que valha a pena nossa transformação...
Eu gostaria de viver o dia, em que diferenças, ao invés de fechar espaços, ao invés de criar desigualdades sociais, fossem a fonte, o nascedouro de oportunidades, respeito, amor.
Em que fôssemos absolutamente respeitados pelas nossas diferenças, fossem elas algo que nos trouxesse eficiência, fossem elas algo que nos trouxesse dificuldade,  na difícil arte de viver!

Esse texto, dedico com amor, aos que, como eu, souberam buscar, na diferença, a dignidade de viver!

Francisca Inês

6 comentários:

  1. A diferença como a indiferença começa pela nossa consciencia...
    Quanta raiva tenho da imbecilidade de " CAIM"...
    Quanta diferença esta em meu pensamento sem que eu tenha uma unica dignidade de abomina-lo...Eu tenho sim alguma forma de preconceito, eu tento inibi-lo, mascaro todas suas formas de manifesto porem, nao serei hipocrita de dizer que sou uma puritana...O que eu tenho é somente amor por um mundo menos subjetivo, menos MAU, mais Jesus, Alá, Jah et cetera...
    Vou me ferindo e sei que um dia minha ferida do mundo curará meus pensamentos...Só tenho meu amor a oferecer...

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  2. Vou dar meu depoimento sobre preconceito.

    Eu fui criado sem diferenças.

    Lembro de mim aos 10 anos jogando futebol na rua com amigos que vendiam picolé para sobreviver.

    Outros que apanhavam tanto dos pais que ficavam 2 dias sem aparecer.

    Outros que rapavam o cabelo, pois os piolhos não saiam mais com simples remédios, lembra deles mãe?

    Lembro de ter amigos negros, pobres, gays, brancos, quietos, falantes, drogados, limpos, sujos, e simplesmente não enxergar nenhuma diferença entre eles.

    O preconceito ainda existe, e é muito forte, porque as pessoas são mal-criadas, aliás, na maioria das vezes, não são nem criadas..

    Quando aprendemos a conviver com as diferenças desde cedo, elas desaparecem.

    A educação é a chave para um futuro melhor.

    Obs. Eu adoro vcs, continuem escrevendo por favor!

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  3. Tiago, acho que vc disse o que eu iria dizer: as diferenças existem. Mas, elas não tornam teus amigos diferentes para vc!
    Teus amigos são absolutamente iguais, com todas as suas diferenças...
    Te amo meu filho

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  4. Nossa como sou feliz por conviver com esta família maravilhosa e tão sensível a tudo.
    Amo vcs. Amo meu genrinho querido
    A sogra

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  5. O texto é ótimo e quem me conhece sabe da minha obstinação, na luta contra qualquer tipo de preconceito...mas como tio, não "caibo em si", de tão orgulhoso que fico.
    Parabens Fátima e Tiago e é claro, Parabens a autora do texto.
    Tio Carlos

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  6. Na verdade meu comentário é sobre o comentário do Tiago. Tanta sensibilidade, tanta grandeza.
    Assim se forma seres humanos... mais humanos.

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