quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deus...

Numa dessas paradas que damos na andança da vida, me senti ateu...
E senti isso enquanto caminhava pela rua e observava os seres humanos.
Lembrei-me da árvore e seus frutos, da imagem e semelhança e  todas
as parábolas bíblicas de sermos filhos de um deus me vieram à cabeça.
Eu vagava pela rua e tristes seres passavam por mim.
Olhei meus semelhantes e percebi que estávamos muito longe de qualquer
tipo de semelhança com qualquer coisa que pudesse se assemelhar a um deus.
Rostos disformes, seres trôpegos, olhos perdidos, mentes vazias.
Busquei o vínculo, o liame que pudesse me levar a Ti.
Que divindade faria filhos assim?
Então, duvidei da Tua existência...


Francisca Inês

5 comentários:

  1. É verdade, eu também reflito de forma semelhante e acabo tendo a mesma sensação. Acredito que o fato realmente inexplicável é a existência de tantas diferenças, sejam elas até mesmo somente boas, na verdade tantas injustiças ou destinos diferentes recebidos por pessoas iguais.

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  2. Lindooo amiga e triste...infelizmente sinto isso muitas vezes....mas, mesmo assim, ainda não duvidei dele! Bjo.

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  3. Ateu de carteirinha e humanista por vocação,se existe ou não o "divino" ( e se existe deve estar dormindo, há séculos, seculorum, em alguma recôndita galáxia), é a condição humana, única que eu conheço, que realmente me ocupa e me preocupa. Se eu conseguir, por exemplo, na escala humana,chegar próximo do nível de humanidade a que chegaram meus pais, ao longo de um século de existência, dar-me-ei por satisfeito, mesmo se “essa estrada ao final vai dar em nada”.
    Tio da Fatimística.

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  4. Espero que a nossa amiga, a Francisca Inês, permaneça com suas dúvidas...
    Vivendo dúvidas, incertezas e eu acrescentaria eventualmente alguma incoerência (esta quem sabe resultado daquelas), teremos um a companhia do outro.
    Gilson, o mano.
    ...
    PS. A propósito, Gilson, o que assina este post é o viajante que também precisa muitas vezes tocar as chagas para acreditar (e mesmo assim, as vezes, segue duvidando).

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  5. O Concilio Vaticano II em 1961 passou 4 anos em reflexao global sobre a Igreja em si mesma e sobre suas relaçoes com o mundo. Portanto amigos,estamos dentro do prazo. Ateus,Ateias,decidiremos depois.A forma é viver e amar esses disformes...tambem sou uma deles...
    PS. Saudosos carinho ao amigo Gilson Miranda,amor ao tio semelhante meu e carinho aos proximos.

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