segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
*"Eu quero ir, minha gente..."
Não fui feita à "imagem e semelhança".
Sou um estranho no ninho de tantos ninhos estranhos.
De tantos feitos à "imagem e semelhança".
Eu não tenho nada.
Vejo imagens tortas, sombrias, embrutecidas...
Semelhanças grotescas, vazias, esfaceladas.
Tudo sem riso...e, eu só quero ver Irene rir.
Francisca Inês
*Titulo tirado da musica de Caetano Veloso "Irene".
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Mar ritmos
A ver navios
Como são grandes os navios que passam lá longe, na linha do horizonte...
E que vejo daqui...
Mas todos cabem em qualquer um dos pequenos caixilhos da grande janela da minha casa e que dá pro mar. ..
Céus, como demoram, para cruzar de um caixilho a outro!
A ver vazios
São todos brancos e grandes os navios que passam lá longe, na linha do horizonte.
Embora tão sólidos e navegando sem afastar-se um grau de seu rumo, não levam nada ...
Nem ninguém!
Porque vêm de nenhum lugar e vão pra lugar nenhum.
Por isso, também, nunca voltam.
Nem fumaça... nem apito.
Navios fantasmas que carregam os vazios do mundo.
Carlos grassioli, Praia da Gamboa /SC, outono de 2010.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
* "Verde que te quero verde."
Estou no parque no “meu paraíso” e vou postar aquilo que vem vindo à cabeça...
Como um exercício mesmo!
As folhas tem cores diversas, delicados matizes de verde. São perenes, gosto de suas formas lindas, exóticas e paradas...
Não tem proteção, estão absolutamente abertas a tudo, a todo ser vivente...
Vejo borboletas, assim como vejo lagartas...a vida em real manifesto.
Hoje em especial, folhas, verdes, inércia , como se nada ou tudo importasse.
Essa paragem lembra-me a solidão, às vezes aconchega, às vezes assusta.
Estão absurdamente paradas, como mortas...E, percebo a leveza de seu silêncio, interrompido algumas vezes, por um canto silencioso de um pássaro...que hoje, também especialmente, resolveu se aquietar!
*Este título foi tirado de uma poesia de Federico Garcia Lorca - Poeta Espanhol, morto em 1936.
Garcia Lorca foi preso e morto com um tiro na nuca. O deputado católico direitista que o prendeu, justificou sua prisão sob a alegação de que ele era "mais perigoso com a caneta do que com o revólver."