"Leopardos irrompem no Templo e bebem até o fim o conteúdo dos vasos sacrificiais;
isso se repete sempre; finalmente, torna-se previsível e é incorporado ao ritual."
Ao escrever esta frase, que não é uma frase, que é uma tese, fiquei pensando
por um determinado tempo , de que como fomos privilegiados por termos tido
antepassados que pararam para pensar.
E, dou-me conta, de que na atualidade, poucos seres se dispõem a parar...pensar...
Por que isto está na minha vida?
Por que penso assim?
Até onde sou eu?
Quando ando pela vida, ouço pessoas repetindo frases programadas,
afirmações que já perderam o sentido, ou pior, que nunca tiveram sentido.
Valores sendo transmudados sem critérios e incorporados a nossa vivência
já se tornou coisa habitual, estamos nos tornando verdadeiros títeres de nós.
Uma mente pétrea, é uma mente perigosa, talvez a mais letal das armas...
Valores inquestionáveis, as ditas verdades, acarretam e acarretaram as
maiores monstruosidades da história humana.
Muito do que é dito, escrito, ensinado e "pensado"está na vida, apenas, por ter
sido repetido e repetido.
Os leopardos irrompem no Templo, e bebem o conteúdo dos vasos sacrificiais
e já estamos aguardando suas presenças como se as suas não-presenças
pudessem obstar a prática de nosso ritual.
E, os aguardamos certos de que sempre fizeram parte deste ritual.
Francisca Inês
Que bela reflexão.
ResponderExcluirAh as verdades...Afinal qual é a nossa verdade mesmo?
Adorei o texto.
Marise
Francisca, obrigada por mais esse texto..
ResponderExcluirPensar requer coragem para, se necessário, demolirmos nossas verdades, nossos "ídolos de barro"...
Na grande maioria das vezes, não estamos dispostos a isso!
É uma pena...
Bj com amor
Podes crer Inês Francisca, eu não queria ser, eu sou uma metamorfose ambulante e embora tente, não tenho opinião formada sobre quase nada. Falando nisso,acabo de receber, neste instante, de uma amiga, sobre a antiquíssima cultura Celta: "...precisamos manter unidos o interior e o exterior, o visível e o invisível, o conhecido e o desconhecido, o temporal e o eterno, o antigo e o novo. nenhuma outra pessoa pode empreender essa tarefa por nós. somos o único limiar de um mundo íntimo..."
ResponderExcluirEta coisa boa...pensar!
Abraços, Carlos tio da dona do brogue.
Bem,o texto me fez lembrar os rituais do filme King Kong (sacrificios humanos) no qual, somos nós os Leopardos. A interpretaçao nao é uma ciencia exata, mas é como a ciencia politica, sobre a qual Aristoteles escreveu que "nao se deve esperar uma precisao maior do que a permitida pela materia. Ou seja,uma interpretaçao com o pessimismo da inteligencia, otimismo da vontade.
ResponderExcluirOnde estao os outros leoes que deixam solto os leopardos?
Beijos querida...minhas infinitas expropriaçao...