segunda-feira, 9 de maio de 2011

* "Verde que te quero verde."

Hoje é um exercício diferente.
Estou no parque no “meu paraíso” e vou postar aquilo que vem vindo à cabeça...

Como um exercício mesmo!

As folhas tem cores diversas, delicados matizes de verde. São perenes, gosto de suas formas lindas, exóticas e paradas...

Não tem proteção, estão absolutamente abertas a tudo, a todo ser vivente...

Vejo borboletas, assim como vejo lagartas...a vida em real manifesto.

Hoje em especial, folhas, verdes, inércia , como se nada ou tudo importasse.

Essa paragem lembra-me a solidão, às vezes aconchega, às vezes assusta.

Estão absurdamente paradas, como mortas...E, percebo a leveza de seu silêncio, interrompido algumas vezes, por um canto silencioso de um pássaro...que hoje, também especialmente, resolveu se aquietar!





*Este título foi tirado de uma poesia de Federico Garcia Lorca - Poeta Espanhol, morto em 1936.
Garcia Lorca foi preso e morto com um tiro na nuca. O deputado católico direitista que o prendeu, justificou sua prisão sob a alegação de que ele era "mais perigoso com a caneta do que com o revólver."

9 comentários:

  1. Muitas vezes são, justamente, os momentos de solidão , porque sempre dói, pelos menos um pouquinho, que nos mostram ou nos permitem ver, determinadas belezas, que em outros momentos não veriamos...ou não sentiriamos.
    Eu diria, cara so(m)brinha, que, pra mim, foi o quadro que melhor pintastes, até agora...e com palavras. Pura poesia! Obriagado!
    Tio Carlos

    ResponderExcluir
  2. Também achei lindo este quadro.
    Me fez lembrar que por muitas vezes, em momentos solitários aparentemente, vejo o quanto intensa e inquieta é a minha própria companhia.
    Betinho

    ResponderExcluir
  3. Tio, obrigada eu, pelo teu carinho...
    E, Betinho, vc é um genro muito especial mesmo!
    Um bjão aos dois
    Fátima

    ResponderExcluir
  4. Fatima
    É sempre um prazer, para mim,compartilhar contigo este espaço.
    Texto para almas pensantes...

    bjinhos

    ResponderExcluir
  5. Oi minha amiga
    Li, e gostei do que li!
    Grande abraço

    ResponderExcluir
  6. Nao quero ser, nem parecer, quero apenas existir e pedir que os passarinhos que me acordam todos os dias, voltem...Eles estao nas janelas da sala,nos muros, nao mais em minha janela...Preciso saber, para que apareçam = ser X aparecer - ESTAR. De uma mente lúcida e um existir de uma existencia confusa. Tudo em amor. Esse canto me encanta e acalma, a alma,má.

    ResponderExcluir
  7. Julie
    Para certas coisas que a alma sente, e porque ela sempre ficou a mercê, ainda não criamos palavras para que possamos nos exprimir.
    E, assim, não podemos resolver certas equações.
    Talvez seja bom... ficamos no plano do "sentir", então não podemos macular.
    bjinhos querida

    ResponderExcluir
  8. Contemplar a natureza em momentos de solidão...
    Gostaria que todos tivessem a oportunidade de parar de vez em quando para apreciar o que a vida nos oferece sem cobrar nada em troca, faz um bem enorme a nossa alma.
    Gostei muito.
    Beijos, Suzi.

    ResponderExcluir