Eu imagino uma sonata, um solo de violoncelo, para acompanhar o gracioso e delicado bailado das folhas que morrem no outono, caindo das respectivas árvores, descendo, dançando suave, fazendo pequenas pausas e até piruetas, como se estivessem, brincando de estarem vivas, de voar, confundindo-se e me confundindo em meio as borboletas, até pousarem , sem o menor impacto, no chão .
Como se ao desprenderem-se dos galhos, aproveitassem, ainda, um último sopro de vida , para experimentar um tipo de liberdade até então desconhecida.
Assim, dançando e até esvoaçando um pouco, seguem no seu derradeiro bailado, ao sabor do vento, da brisa, até o último suspiro, quando, finalmente,e definitivamente se despedem da vida para se deitarem,
delicadamente no chão.
Carlos Grassioli
Em tempos de tanta agitação...uma parada, um bailado....um poema!
ResponderExcluir... E ao acordarem, estarão num vasto leito de noivado...
ResponderExcluirNossa família só tem artista pelo amor de Deus!
ResponderExcluirValeu Tio Carlos!