terça-feira, 26 de julho de 2011

Um pequeno desabafo...

Trabalhei por um tempo numa vila, muito pobre, na minha cidade onde havia negros, brancos, pardos sei lá…Todas as cores convivendo juntas..
Numa reunião de pais numa tarde, dois negros conversando de um terceiro que eles não aprovavam a conduta, um deles disse:
“Eu detesto negro burro”!
E, o outro respondeu: “É isso aí, negro bom não se mistura!”
Isso já faz algum tempo, mas não me sai da memória!
Como podemos, enquanto civilização humana, criar preconceitos tão perversos, tão desumanos,tão tristes…?
Preconceitos que atingem a própria dignidade de toda a raça humana. Que é injetado na mente dos próprios seres sofredores destas discriminações brutais e dolorosas.
E, todos nós, de uma maneira ou de outro, independente de partidos, de classe social, somos responsável por este triste sentimento humano.
Isso é sério, muito sério e precisa ser encarado de frente, entendido, e de alguma maneira resolvido, já estamos em 2011…incrível que ainda tenhamos este tipo de pensar!
Quem sabe um bom começo seria observar nossas próprias mentes e atitudes?
Quem sabe, ao invés de culparmos governos e papas, não seria de melhor valia, observarmos nosso coração?
Quem sabe deixarmos de ser homem, mulher, deficiente, negro, branco, menino de rua, judeu etc…para sermos simplesmente seres humanos?
Por que é o que somos!
Quem sabe apenas um pouco mais de AMOR? Tão simples…
Fátima

4 comentários:

  1. Amei amiga...disse tudo mesmo! Realmente, o que precisamos nesse mundo..são de 'seres humanos' de verdade...livres de qq coisa...e q saibam simplesmente AMAR, observando sempre nosso coração. Se cada um fizer apenas isso no seu dia dia construiríamos um mundo com seres humanos de verdade. Bjaoooo!

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  2. Acho que muitas vezes nos sentimos perdidos... sabemos o que devemos ser mas erramos constantemente.
    Muitas vezes não somos o que achamos que devêssemos ser... e, assim, somos eternos insatisfeitos com nossos próprios pensamentos e atitudes. Acredito que a crítica em excesso também nos torna muitas vezes preconceituosos e nem nos tocamos disso...

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  3. Repito: conheço de perto, na própria pele e reconheço de longe o preconceito e sei o quanto ele é nefasto e perverso. O menino negro e pobre da periferia, não faz mais do que, na sua absoluta ignorância, reproduzir o comportamento da sociedade que o cerca e que o condena a viver à margem. O que me preocupa mesmo, é o comportamento de muitos "doutores" que não só praticam como usam de seus privilégios, para perpetuarem a prática sórdida do preconceito.
    E no caso do preconceito, considerando a sociedade racista, xenofóbica, homofóbica e machista em que eu vivo, dispenso "luvas de pelicas" e embora possa incorrer em algum equívoco, eu prefiro me exceder na crítica e principalmente na auto crítica, porque considero armas poderosas no combate à esse mal que se perpetua ao longo da história da humanidade.
    Tio Carlos

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  4. Meu carinho por voce, minha esperança em saber que uma pessoa me associa ao seu carinho, meu muito obrigada, sempre precisei disso, talvez por ter tido materialmente demais, e efetivamente de menos, mas o que eu nao desejo, se isso for possivel, ficar chorando em alguma esquina do mundo futuro, só porque meu pai nao pode ficar junto de mim e de minha mae. Continuo precisando deles, minuto a minuto, do amor que desejo que tenham por mim, tanto quanto do amor que tiveram um pelo outro, por Deus e pela vida. Quero que me falem de Deus, que me ensinem de novo a falar com ele, a vê-lo atraves das minhas lagrimas e senti-lo em mim,nos meus intimos momentos de harmonizaçao,onde vejo arvores e vaquinhas no pasto. O problema do "lembrar somente de nós", é cumprir numa sociedade que se esqueceu de Deus, tanto quanto de si mesma, porque só cuida do momento que passa e do proximo prazer...

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