quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Saber chegar...

Sempre parto de algum lugar.
Sei o ponto de partida...mas não sei o ponto de chegada.
Gosto de não pertencer a lugar algum, gosto de não ter pontos...mas, os tenho.
Sempre sei onde estou, embora nunca saiba para onde vou.
Me acho estranha, estranha de mim mesma.
E, paradoxalmente, me conheço como ninguém.
Tenho um pouco de tudo em mim.
Mas na grande maioria das vezes me sinto vazia...
Minha mente é lúcida, mas meus pensamentos tropeçam na minha sensatez.
Às vezes sou porto, noutras vezes partida.
Tenho uma vontade imensa de chegar!
Penso que chegar é como um basta!
Será? Será?

 
Com amor
Fatima

2 comentários:

  1. Nem tudo que escrevo é querendo falar de mim, mas tudo que escrevo revela um pouco de mim, me entrega. E me revelo um pouco de tudo. Algumas vezes sou meu porto, a maioria porto dos outros. E meu limite é a morte pois, o limite quem tem é municipio. Tenho a enorme vontade de chegar, na maioria das vezes pertencer. E tenho orgulho de mim, de ser um corpo exigente e de me encontrar nos outros, me encontrar em voce.

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  2. Sei o ponto de partida... não sei o ponto de chegada. O imponderável da chegada, para mim, traz um conteúdo de esperança durante o caminhar. Faz permanecer a vida para correr o risco de, quem sabe, um dia chegar a pertencer.

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