Assim, repasso o que recebo com carinho.
Sou feita de estrelas derretidas
misturadas com suco de infinito,
Sou mais leve que um átomo
no mar de uma lágrima,
Alfabetos de auroras
adornam meus cabelos,
um manto de talento
envolve minhas formas.
Minhas mãos molhadas de mistérios,
vão atando o tempo com os fios
da lenda e os nos da poesia.
Trago em mim a imensa tristeza
de não saber meu fim
nem meu princípio.
E enquanto meus sonhos
desfalecem na pira do silêncio,
com a agulha fina de uma regato,
pesponto de seda e prata
esta canção . ..
Chiang Sing - pseudônimo de Glycia M. de Arroxellas Galvão (1924-2002)
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